29.5.11

Aceitação, compreensão e gratidão

"Queridos,

Gostaria de compartilhar com vocês uma das experiências mais profundas que já vivi.
Na verdade fui fazer o parte 2 sem muitas expectativas, talvez fosse bom ou não...
Até a última hora tinha dúvidas se deveria ir, afinal, não é fácil faltar dois dias ao trabalho, mesmo compensando as horas!
Finalmente tomei a decisão naquele 4 de maio, sob intensa chuva, lá fomos nós, minha companheira de quarto e eu, assustadas com os alagamentos.
Ao chegar no quarto recebi a mensagem que estava colocada sobre a cama, Promessa, li atentamente, porém, não valorizei muito, achei um pouco pretensiosa, principalmente sabendo dos conflitos que trazia comigo, mas, não critiquei!.
No primeiro dia, exercícios, práticas, me entreguei de verdade, estava ali plenamente, afinal tinha resolvido participar! Vivenciei uma prática muito profunda, externei sentimentos verdadeiros e dolorosos, também coloquei o quanto gostaria de sorrir mais, ser mais leve, mais criança.
Naquela noite iniciava uma grande viagem para dentro de mim mesma, ao retornar para o quarto, já em silêncio, cheia de incômodos físicos e ainda perdida nos ritos, nos horários rígidos e compromissos, deitei exausta e comecei a rir de mim mesma, junto com minha companheira de quarto. Rimos muito, muito mesmo, rimos de toda aquela situação, foi muito divertido!
No dia seguinte, retomamos as práticas e pude observar que tudo foi ficando mais e mais profundo, cada prática de meditação era mais quieta e podia sentir emoções, sentimentos que se externavam no próprio corpo. Em determinado momento, após uma meditação profunda, tive a impressão de perceber Guruji em uma sala, entre almofadas no chão e uma cortina de fundo, era aquela sala e ao mesmo tempo não era, tudo foi muito rápido sem perder a precisão, pude reter aquela figura que parecia querer dizer ou transmitir algo, depois, tive a percepção da compreensão de um grande conflito, tudo continuava do mesmo jeito sendo completamente diferente, uma cortina se descortinou e pude aceitar, simplesmente aceitar o que estava corroendo as entranhas da minha alma. Esta aceitação não aconteceu de forma passiva, aconteceu na mais absoluta compreensão da vida e seus entrelaçamentos. Foi muito mais do que bonito, foi belo, intenso e pude respirar com leveza, tinha a impressão que um cano havia desentupido dentro de mim.
Minha alma chorou, desta vez, solta, livre!
No último dia, após a última prática, desejei ser aquela pessoa que havia descoberto dentro de mim e só então entendi a Promessa.
Senti muita paz e uma enorme gratidão por aquele homem que agora vive dentro do meu coração.
Sou grata!"

Tereza Galindo, engenheira

2 comentários:

Angel disse...

Obrigada por compartilhar conosco sua experiência, Tereza!
JGD!

Carol disse...

Me arrepiei. Linda experiência!
Obrigada, Tereza. JGD.